Guardiões de bichinhos!

Na última segunda-feira, minha capacidade de amar incondicionalmente
foi posta à prova.
Minhas lindinhas ficaram muito doentes e quando cheguei em casa do trabalho,
encontrei um quadro triste de dor e pânico. Elas sofreram e aguardaram
sofrendo a minha chegada.
Mas nos céus,vivem anjinhos guardiões de bichinhos que as guardaram e
quando eu cheguei as socorri.
Agora as minhas lindinhas estão voltando ao normal, já estão até com
os lacinhos de fita enfeitando seus pelos.

Hiato.

Intervalo de tempo referente a uma descontinuidade...
Então é isso...
Tudo parado ... ou tudo resolvido .... ou só eu não sei, não fui avisada ...
ou engoli em seco ....
A palavra está retida, não dá para ser digerida nem tão pouco para botar para fora.

Luar de outono

Noite de outono e lua cheia.
Eu no meu quarto, na penumbra e com luar brilhando meus pés sob o edredom.
Soprava um vento frio mas delicioso. Cama quentinha, pijama, biscoito escondido para beliscar, música para embalar, caneca com chá no criado-mudo.
E eu só.

Dia para as mães.

É aquele dia para o carinho extra, para aquela conversa
que anda atrasada, é para lamber a cria, é para ganhar
o presente que não é surpresa, mas que é tão querido, e às
vezes é até inocente.
Dia para lembrar, para ter saudades e buscar lá no passado
o olhar e o sorriso que já partiram.

Pequeno Príncipe.

Peguei emprestado num blog amigo a lembrança dele – O Pequeno Príncipe.
Nestes últimos dias, quando as palavras vinham mais pesadas e tristes do que agora, quando às vezes brotavam entremeadas de lágrimas, me lembrei de algumas passagens deste livro.
“ Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa .... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.”
Mas por que será que às vezes as pessoas se esquecem disso, de cuidar do seu amor?
Por que não cuidam do ser amado? Por que deixam de lado, não se preocupam?
Por que se acostumam? Por que acham que estará sempre lá, disponível?
O amor é frágil, sensível e requer cuidado, atenção. É preciso estar atento a todos os movimentos. O amor precisa de proteção.
Mas o Pequeno Príncipe também disse:
“As pessoas grandes são muito esquisitas, pensava, durante a viagem ...”

Para mim.

Depois de tudo, depois do choro, das lágrimas,
da dor no peito, da angústia, tristeza, estou buscando
me reencontrar.
Estou precisando agora me cuidar, me acarinhar.
Preciso de ombro de amigos, colo de filha, lambidas de
amor incondicional de cachorros, preciso de mim.
Preciso me dar flores, me presentear com a alegria, reencontrar
os motivos para sorrir, resgatar minha força, aprender a olhar para frente.
Está difícil? Está. Não vai ser fácil! Eu sei.
Mas vou passo a passo, engatinhando, caindo e levantando,
em busca de mim.

Mera constatação!

Se ao menos tivesse sol,justificaria os olhos lacrimejantes
e o uso dos óculos escuros, que hoje, ocultam as olheiras.

Solidão.

Como é mesmo?Definir o quê?
Horas na frente da tela do computador, esperando um sinal que dirá que
pelo menos hoje não estará sozinha?
Ou deixar os telefones por perto aguardando um toque salvador?
Ligar o rádio e constatar que só tocam músicas de “dor de corno”?
Solidão?
Como é mesmo?
Ligar a tv e torpedear o controle remoto procurando nada, porque
nada satisfaz, ou completa o vazio.
Então prefere dormir. Horas de sono inquieto, de pesadelos e fantasmas.
Então desisti, por hoje.
Resta apenas a companhia dela: a solidão.